Trepador exímio teve o seu primeiro ponto alto em 1994 ao seu 2º no Giro (2 vitórias em etapas) e 3º no Tour. Na prova francesa, venceu a mítica chegada ao Alpe D’Huez.
A 2 vitórias no Tour de 1995 seguiu-se uma terrível queda, numa competição em Itália, que fez perigar a sua promissora carreira.
Voltou no Giro de 1997, mas o azar bateu-lhe novamente à porta, quando um gato se cruzou diante a sua bicicleta.

1998 foi o seu ano de ouro, com o italiano a vencer o Giro e o Tour.
Em condições normais, o “Pirata” não teria grandes hipóteses face a Jan Ullrich, contudo um erro de alimentação por parte do alemão na primeira grande etapa de montanha levou-o a perder mais de 7 minutos.
Ullrich recuperou bastante tempo nos contra-relógios, mas Pantini conseguiu gerir bem a enorme vantagem, não esbanjando a oportunidade para fugir ao alemão nas etapas de montanhas, onde era simplesmente o melhor.

Em 1999, quando liderava o Giro já com cerca de 10 minutos de vantagem e 4 vitórias em etapas, a bomba rebentou. Um exame ao sangue revelou uma elevada taxa de glóbulos vermelhos, motivados pela utilização de EPO.
Nunca mais esquecerei a vaia monumental com que os tiffosi presentearam Ivan Gotti (o novo camisola rosa) no dia em que o “Pirata” foi desclassificado.
Cumpridos os 2 anos de suspensão, voltou no Tour de 2000, alcançando mais 2 vitórias em etapas. Para recordar a escalada lado a lado, com Lance Armstrong, do terrível Mont Ventoux. No final Lance permitiu a vitória ao adversário, facto que deixou o “Pirata” ressentido. Foi a sua última grande vitória.
Em 2003, sofrendo de depressão, internou-se numa clínica especializado do norte de Itália, alegrando os tiffosi que ansiavam por novo regresso do ídolo.
Depois, a 14 de Fevereiro de 2004, a maldita cocaína, fez tombar o “Pirata”, o “Fantino”, o melhor ciclista de alta montanha que alguma vez vi. Ele era de facto especial.
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