Notas sobre o querido rival

on Monday, September 25, 2006
Bem, visto que os meus prezados colegas lampiões continuam em blackout sobre o seu clube, lá terei de ser eu a escrever umas palavras sobre o glorioso clube da Luz da águia da Catedral das papoilas saltitantes. E não, não vou escrever sobre o interessantíssimo trabalho jornalístico (que não li) publicado hoje em a Bolha sobre “os segredos de Luís”.


Em primeiro lugar quero congratular-me pela clarividência de Karagounis na entrevista que deu ao jornal grego “Eleftherotipia”. Disse então o bom do Giorgios que “o Sporting é um exemplo a seguir”. E porquê? Porque “cinco jogadores do onze inicial vêm das camadas jovens. Os jogadores aprendem desde o início a jogar no mesmo sistema táctico e jogam quase de olhos fechados. E valorizam, acima de tudo, o conjunto”. Além disso João Moutinho “já tem o estatuto de capitão aos 19 anos. Os jogadores ficam mais dois ou três anos e depois dão o salto para um grande da Europa”. Nada que nós não soubéssemos, mas é sempre bom ouvi-lo da boca de um rival não toldado por essa mesma rivalidade.

Em segundo lugar saliento a convocatória de Fernando Santos para o jogo com o Manchester United. Pela primeira vez, e por opção, Fonseca fica de fora. Durante o Mundial eu comentei com mais de uma pessoa que o México não era equipa à altura de Portugal especialmente pela falta de qualidade dos seus atacantes. Borgetti e Franco já eram embirrações antigas, enquanto Fonseca, que só conheci durante a prova, também me impressionou pela negativa. E não foi o golo marcado a uma selecção portuguesa já em fase de descompressão que me fez mudar de ideias. Chegou a falar-se de um interesse do Sporting nele e eu logo torci para que não se confirmasse. Semanas depois aterrou em Lisboa, mas para assinar pelo Benfica. Como acontece com qualquer reforço do glorioso clube da Luz da águia da Catedral das papoilas saltitantes cedo teve direito a manchetes histéricas dos “desportivos”. Ficámos até a saber que ele preferia ser chamado de Kiko ou Kikinho ou lá o que é em vez de Fonseca. Talvez para não ser gozado pelos Gatos Fedorentos. Entretanto, o rapaz já alinhou em cinco jogos oficiais (ok, foi titular apenas num) e ainda não molhou a sopa. Que me lembre nem sequer esteve muito perto disso. Tudo isto para dizer que os lampiões que têm gozado com os fiascos Bueno e Alecsandro (ups, este já marcou um golo) deveriam se calhar olhar melhor para o Centro do Seixal, perdão, Campus Caixa... Caixa Campus... Caipus Camxa... Whatever!

Em terceiro lugar merecem-me destaque as afirmações de ontem do Luís (a partir de hoje não precisa mais de apelido) em que pedia aos candidatos a candidatos à direcção do Benfica para “não brincarem com o nome e o futuro do clube”. Ou seja, até um gajo querer ou dar a entender que quer candidatar-se à presidência do clube já é brincar com o mesmo. Agora percebo porque foi o tipo pavonear-se para a Festa do Avante. Com uma cassete daquelas deve ter-se sentido como em casa. (Porfírio, desculpa lá a dupla ofensa, mas teve que ser).

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