Quinzinho, o fenómeno africano

on Wednesday, March 15, 2006
Reza a lenda que jamais um jogador foi tão aclamado pelos adeptos e tão incompreendido por um treinador. Normalmente somos deparados com a situação inversa, que o digam Gilberto Galdino (Beto), Jorginho, Michael Thomas...
Quinzinho, possante avançado angolano, chegou ao nosso Porto em meados da década de 90, sendo apresentado como a nova gazela africana ao bom estilo de Mandla Zwane e "The Wind" N'Tsunda. As acções inconsequentes do angolano levavam ao rubro as bancadas do velhinho estádio das Antas, contudo deixavam os cabelos em pé a Sir Bobby Robson (e ao seu tradutor).
Num dos momentos mais marcantes (talvez o único) da sua passagem pelo clube da Invicta, Quinzinho facturou na goleada imposta a um clube que lutava pela manutenção, que por razões éticas vamos ocultar o seu nome. Perante os adeptos em delírio, o ponta de lança festejou, na "bandeirola" de canto, com uma dança africana.
Quando questionado sobre a exibição da "pérola negra" o treinador britânico rematou com: "Quinzinho, gostei do gol, mas não do samba. Faz hat-trick, sim, pode fazer samba. 1 gol só... não samba".
No final da época o angolano foi dispensado rumando a Vila da Conde. Mais tarde foi sambar para Alverca.

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