Sport Lisboa e Benfica

Onze de pesadelo: Bossio; Dudic, Simanic, Bermudez e Pesaresi; Taument, Jamir, Thomas e Leónidas; Pringle e Paulo Nunes.
Banco dos horrores: Pedro Roma, Rojas, Harkness, Paulão, Paulo Almeida, Mostovoi e Clóvis.
Desorientadores: Artur Jorge e Ivic.
Não foi tarefa leve, esta. Muitos e bons barretes aterraram na Luz, nos últimos anos. Podem perguntar como pude deixar de fora nomes mitológicos, como King, Paredão e Marcelo. Pois bem, optei por basear a minha escolha na expectativa. A verdade é que estes três “jogadores” vieram de clubes pequenos e não tinham grande nome. Por isso escolhi jogadores com (alegado) prestígio, que tenham vindo de clubes ou campeonatos fortes ou que tenham sido internacionais pelos seus países. OK, Pringle não encaixa em nenhuma destas exigências, mas há sempre excepções e ele merece esta distinção! Resolvi colocar Pedro Roma no banco por me recordar da luta titânica entre Benfica e Sporting pela sua aquisição, como se de um novo Yashin se tratasse. E que dizer de Mostovoi, que poderia ter sido um dos melhores estrangeiros da história do futebol português, mas não conseguiu vingar na Luz? Só não vai para o onze inicial porque me recordo de um golão seu nas Antas, para a Taça, que acabou por ser decisivo para a conquista, em 92/93, da Taça de Portugal.
Futebol Clube do Porto

Onze de pesadelo: Kralj; Butorovic, Argel, João Manuel Pinto e Ibarra; Hugo Leal, Panduru, António Carlos e Leandro do Bonfim; Paille e Kaviedes.
Banco dos horrores: Wozniak, Lula, Chippo, Pavlin, Alessandro, Esnaider e Pizzi.
Desorientadores: Ivic (segunda passagem) e Octávio.
Apesar do sucesso dos últimos anos, os dragões também adquiriram “craques” dignos de figurar no anedotário futebolístico nacional. Coloquei Ibarra (“melhor defesa-direito do Mundo”, segundo Pinto da Costa), no lado esquerdo, pois o direito é cativo de Butorovic, que se revelou um substituto completamente à altura do histórico Secretário, quando este se perdeu em Madrid e foi parar ao Santiago Bernabéu, pois estou seguro de que o seu destino era, na melhor das hipóteses, Vallecas. Hugo Leal e Panduru mostraram ao “Papa” que nem tudo o que reluz é ouro, ou por outra, nem tudo o que vem da Luz é Deco. António Carlos, um brasileiro, chamou-me a atenção apenas quando exigiu aos jornalistas que o passassem a chamar Carlos Santos, pois esse é que era “nome de jogador” (sic). Paille e Kaviedes são, para mim, a melhor amostra de que o FC Porto tem uma certa queda para ir buscar barretes para a frente de ataque. Para além de Esnaider e Pizzi, que ficam no banco, recordem-se, entre outros, Jorge Andrade, Mihtarsky, Paulinho César, Baroni e Maric.
Sporting Clube de Portugal

Onze de pesadelo: Costinha; Mário Sérgio, Polga, Nené e Balajic; Hanuch, Ali Hassan, Carlos Miguel e Kmet; Missé-Missé e Skuhravy.
Banco dos horrores: Lemajic, Marcos, Tinga, Assis, Ramirez, Kirovski e Mota.
Desorientadores: Peseiro e Carlos Manuel.
Começando pela baliza, e admitindo que o Sporting teve muitos maus guarda-redes nos últimos anos, tenho que optar pela dupla Costinha-Lemajic. Pela simples razão de continuar a ser um trauma para mim: em 1993, Sousa Cintra esteve quase, quase a ir ao Malines buscar Preud’homme (não me lembro se de borla ou por uma bagatela), mas, de repente, teve um rasgo de génio e foi ao Bessa buscar a dupla boavisteira, em troca de 300 mil contos e mais um ou dois jogadores. O resto é história. A defesa parece-me óbvia, com a agravante de um deles nos continuar hoje a atormentar, e logo o campeão do Mundo! O meio-campo é histórico. Hanuch e Ali Hassan chegaram a Alvalade depois de arrancados das garras do nosso maior rival, que parecia ser o seu destino certo. Enfim vingámo-nos de Eusébio! Carlos Miguel e Kmet, dois esquerdinos memoráveis. A dupla atacante é infernal e complementa-se muito bem: eram os dois igualmente maus.
Está feito o meu exercício sado-masoquista de início de ano. Não deixo de reconhecer, porém, que até as coisas menos agradáveis podem deixar saudades e ainda hoje, por vezes, dou por mim a sorrir nostalgicamente ao recordar-me de nomes como Pringle, Kralj ou Missé-Missé. Vale que, em certas situações, a história repete-se vezes sem conta!
0 comments:
Post a Comment