Boa Sorte, Benni

on Tuesday, August 1, 2006
Como é de conhecimento geral, sou um benfiquista dos 7 costados que sofre e vibra com o seu clube, contudo sou o primeiro a tirar o chapéu ao Futebol Clube do Porto pela hegemonia conquistada nos últimos anos. Só os leigos não reconhecem que o glorioso Benfica dos anos 60 e 70 foi substuído por um grande Porto no passado recente. Há que saber reconhecer a superioridade de um clube e não usar argumentos patéticos para justificar o sucesso de um clube. Por favor não me venham com á velha história do proteccionismo dado ao Benfica pelo Dr. Oliveira Salazar. Já enjoa! Será que o ditador era do Sporting nos anos 40 e 50? Ah..ok ok, o amigo leitor tripeiro irá argumentar que Salazar tinha uma simpatia pelos clubes de Lisboa... Eu não me imagino a ser adepto de Benfica, Sporting, Belenenses, Estrela da Amadora e afins...Vamos aceitar as vitórias dos outros com desportivismo.
As equipas vencem porque são mais fortes, trabalham mais e têm a chamada estrelinha que acompanha os campeões. E vendo partir um campeão, não deixo de lhe prestar uma homenagem neste espaço da blogosfera criado em Fevereiro de 2005, altura em que Benni Mccarthy, já longe do fulgar apresentado na era Mourinho, se entretinha a mandar cotoveladas e murros nos adversários. Chegando no Verão de 2003 a um Porto vencedor da Taça Uefa, Benni afirmou que a concorrência interna não se podia comparar ao FCP. Eram demasiado fracos! Confesso que fiquei deveras agastado, sempre defendi a humildade e o respeito pelo adversário como partes integrantes de um campeão...e Benni demonstrou arrogância! Apesar do futuro lhe ter dado razão, o Porto sagrou-se bi-campeão nacional e campeão europeu, só tombando no Jamor ante um Benfica que em nada lhe foi superior, poderia e devia ter sido mais elegante nas suas declarações. Com a saída de Mourinho, o sul africano (vencedor da bola de prata) entrou em perca, pautando a época de 2004-05 pela indisciplina. 4 expulsões para um avançado fariam corar de vergonha JVP nos seus tempos de menino de ouro. Mesmo assim marcou 11 golos. A polémica e a vontade de sair marcaram a última época de McCarthy na cidade invicta. Os golos tardavam a surgir. A chegada de Adriano permitiu libertar o ponta de lança que fez com o brasileiro uma boa dupla atacante. No momento da despedida recordo o grandes golos obtidos amte Manchester United, Benfica (na Luz) e Chelsea.
O futebol português vê partir um grande jogador, que apesar de lidar mal com a concorrência, é temível quando motivado. Como benfiquista fico contente, como adepto do futebol não posso partilhar do mesmo sentimento.
Ao fim de 3 anos, já só restam, do Porto campeão europeu, Vitor Baía, Ricardo Costa, Pedro Emanuel e Bosingwa.
Terá Benni sucesso em terras de sua majestade? Acho que sim.

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