
Sou do Benfica por tradição familiar, mas vibro com o Sporting nas competições europeias como se da selecção nacional se tratasse. Não posso ficar indiferente a um clube que formou Futre, Figo, Capucho, Quaresma, Simão, Ronaldo, Nani, Boa Morte, Miguel Veloso, Moutinho e tantos outros.
Em 2004-05 os leões estiveram perto de me dar uma alegria quando por 45 minutos tiveram uma mão na Taça UEFA.
Era um Sporting de extremos capaz de golear numa jornada e perder na outra imediatamente a seguir.
Dizem que o SCP apenas não ganhou nada porque tinha um treinador que nasceu para perder, mas a verdade é que eles jogavam bonito.
Um grande jornalista da revista J elegeu a final de Lisboa como a 2ª maior desilusão da história do jogo, atrás do Brasil – Uruguai em 1950. Talvez seja exagerado, mas que doeu, doeu.
Em uma semana perdeu-se o campeonato e a UEFA. Peseiro desceu do céu ao inferno e ainda hoje é um dos treinadores mais mal amados lá para os lados de Alvalade.
A maratona europeia começou com o Rapid de Viena, venho conhecido que em 95-96 humilhou o Sporting, ao golear por 4-0 depois dos 2-0 de Lisboa.
9 anos depois foi diferente e o Sporting bem superior deixou para trás os austríacos depois de 2-0 em Alvalade e 0-0 em Viena.
Seguiu-se a fase de grupos, com Newcastle, Sochaux, Panionios e o histórico Dínamo de Tbilisi.
Uma vitória em Alvalade contra os gregos por 4-1 e outra na Geórgia por 4-0 deixaram o apuramento garantido. A derrota caseira contra o Sochaux foi um contratempo e o empate em Newcastle mostrou que os comandados de Peseiro tinham aspirações.
No final o 3º lugar do grupo com 7 pontos.
Nos 16 avos de final o Feynord de Roterdão de Kuyt e Kalou afigurava-se como um osso duro de roer, mas foi outro ponta - lança a fazer miséria. Liedson estive em grande nas duas vitórias por 2-1 que fizeram o filme da eliminatória.
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O Midlesbrough de Jimmy e Viduka foi despachado com 2 vitórias, 3-2 em Inglaterra, com grande jogo de Douala e 1-0 em Lisboa, num daqueles jogos onde a malta cura as insónias.
Com o Newcastle as coisas foram mais complicadas. A derrota por 1-0 no Saint James Park não agourava nada de bom.
Os receios foram maiores quando Dyer marcou na 1ª parte aniquilando quase todas as esperanças de apuramento. Nicolai ainda antes do intervalo fez 1-1, renascia a esperança. Uma 2ª parte diabólica e 3 golos na baliza do irlandês Given deixaram por terra o clube do norte de Inglaterra.
Recordem aqui aquela noite de 14 de Abril de 2005.
O AZ Alkmaar de Co Adrianse foi o ultimo obstáculo antes da final.
Na 1ª mão os holandeses, relativamente desconhecidos adiantaram-se no marcador, mas o clube leonino empatou logo no minuto seguinte. Pinilla com um golão acabou por vencer por 2-1, um resultado nada seguro. Os golos do Sporting podem ser vistos aqui.
Em Alkmaar a tragédia esteve para acontecer. O Sporting era bem mais forte, mas os 2 grandes de Lisboa às vezes têm paragens sendo eliminados por adversários que não lembram ao diabo (que me perdoem a expressão).
O prolongamento já por si era estranho e pior ficaram as coisas quando os aguerridos holandeses fizeram o 3-1.
Valeu Miguel Garcia que no último minuto e na sequência de um canto fez de cabeça o golo que valeu a presença na final.
O AZ Alkmaar de Co Adrianse foi o ultimo obstáculo antes da final.
Na 1ª mão os holandeses, relativamente desconhecidos adiantaram-se no marcador, mas o clube leonino empatou logo no minuto seguinte. Pinilla com um golão acabou por vencer por 2-1, um resultado nada seguro. Os golos do Sporting podem ser vistos aqui.
Em Alkmaar a tragédia esteve para acontecer. O Sporting era bem mais forte, mas os 2 grandes de Lisboa às vezes têm paragens sendo eliminados por adversários que não lembram ao diabo (que me perdoem a expressão).
O prolongamento já por si era estranho e pior ficaram as coisas quando os aguerridos holandeses fizeram o 3-1.
Valeu Miguel Garcia que no último minuto e na sequência de um canto fez de cabeça o golo que valeu a presença na final.

A 18 de Maio de 2005, Alvalade vestiu-se de Gala para receber a sua 1ª final de uma prova europeia.
Alinharam as equipas com:
SPORTING:Ricardo; Miguel Garcia, Enakarhire, Beto e Tello; Rogério, João Moutinho, Rochemback e Pedro Barbosa; Sá Pinto e Liedson
Suplentes: Nélson, Rui Jorge, Polga, Custódio, Hugo Viana, Douala e Niculae
Treinador: José Peseiro
CSKA: AAkinfeev; Vassili Berezoutski, Ignashevich e Aleksei Berezoutski; Odiah, Aldonin, Rahimic e Zhirkov; Daniel Carvalho, Olic e Vágner Love
Suplentes: Mandrikin, Semberas, Gusev, Ferreyra, Krasic, Laizans e Salougine
Treinador: Valeriy Gazzaev
O árbitro da partida foi o inglês Grand Poll que esteve em bom plano.
Entrou melhor o Sporting e não estranhou o golão de Rogério.

Sob a batuta de Daniel Carvalho, o CSKA deu a volta ao jogo na 2ª parte.
Primeiro com um golo de um dos gémeos Berezoutski, que cabeceou para a baliza de Ricardo após um livre apontado pelo médio brasileiro. Ricardo não terá ficado muito bem na fotografia.
Pouco tempo depois o mesmo Daniel Carvalho isolou Zhirkiv que à saída de Ricardo meteu-lhe a bola por entre as pernas e adiantou os russos.
Aos 74 minutos Rogério teve um perdida clamorosa, daquelas em que todas as palavras usadas para a sua descrição parecem poucas. No seguimento Wagner Love sentenciou a partida.
O bigode de Gazzaev derrotou o aspecto de talhante de José Peseiro. Foi pena!
Os russos que foram eliminados pelo nosso Porto na fase de grupos da champions, decidiram vingar-se nos rivais lisboetas.
Uma palavra para a substituição que Peseiro rubricou aos 88 minutos. Tirou Moutinho e meteu Hugo Viena. A isto chama-se timing!
Para finalizar este longa posta aqui fica o vídeo da final.
Plantel:
Ricardo: O GR com maior Curriculum na selecção nacional, era na altura um mal amado, tendo sido acusado inclusive de ter facilitado no 1º e 3º golos do CSKA.
Baixou os níveis exibicionais quando trocou o Bessa por Alvalade tendo inclusive perdido por algumas vezes a titularidade para Nelson.
A chegada de Paulo Bento foi benéfica para o nº 1 da selecção nacional, que é desde há 2 épocas indiscutivelmente o melhor guarda redes português.
Miguel Garcia: Marcou o golo em Alkmar que valeu a passagem à final e pouco mais se pode dizer.
É um daqueles jogadores cuja evolução ao longo dos anos tem sido nula.
Rogério: Médio centro de raíz, não convenceu quando chegou a Alvalade, mas a irregularidade de Mário Sérgio fez com que Peseiro encontrasse um lugar para o brasileiro no lado direito da defesa. Apesar de ser algo lento era complicadíssimo passar por ele, Simão que o diga.
Na final marcou um golão e falhou outro de forma incrivel.
Muita gente afirma que Peseiro errou ao colocá-lo no meio campo.
Beto: Um jogador de claque. A uns há que não se lhe perdoa nada, a outros perdoa-se tudo.
Muita garra, muito beijos no emblema e muitos festejos com a Juve Leo no final dos jogos.
Foi corrido do clube após esmurrar Custódio. A um capitão exigia-se mais cabecinha.
Anderson Polga: Só em 2006-07 confirmou os pergaminhos de campeão mundial em 2002.
Peseiro preteriu-o na final, o brasileiro amuou e recusou-se a alinhar na ultima partida contra o nacional.
Enakarhire: Betão. Foi o mais regular dos centrais do plantel leonino. Muito forte fisicamente, podia também alinhar à direita.
Saiu para o Dínamo de Moscovo, mas não se adaptou. Penso que somente o luso - venezuelano Dani vingou em terras de vodka, Kremlin e KGB.
Rodrigo Tello: Tal como Polga, só em 2006-07 se afirmou verdadeiramente, até lá tinha sido um grande fiasco que inclusive foi motivo de chacota no nosso blog. Mesmo assim alinhou na final, porque Rui Jorge já estava a dar as ultimas.
Rui Jorge: Enquanto as pernas ajudaram foi um dos melhores jogadores do Sporting. Instrumental na conquista dos títulos em 2000 e 2002.
Nesta altura já estava na curva descendente, bem descendente e acabou inclusive por ser preterido na final.
Hugo: Um central muito fraquinho que do Braga foi para a Samp de Génova.
Regressou a Portugal no Verão de2000 para representar o Dream Team Leonino. Nunca se afirmou.
Custódio: Discreto, eficaz e de grande utilidade.
Peseiro pode ter perdido a final ao ter preterido Custódio, entregando o seu lugar a Rogério. É certo que o brasileiro marcou o golo, mas...
Esteve na origem da ida de Beto para o Bordéus ao ter servido de saco de pancada para o central.
Actualmente perdeu o lugar para Miguel Veloso mas quem não perderia?
Rochemback: Um dos melhores do plantel. Não fossem uns quilinhos a mais em algumas fases da sua aventura leonina e Rocca poderia ter dado ainda mais ao clube.
Peseiro não abria mão dele, Paulo Bento também não abriria não fosse o internacional sub-21 brasileiro ter rumado ao Midlesbrough.
Arrisco dizer que com o Fábio na equipa o Sporting teria sido campeão nacional esta época.
Hugo Viana: Tem talento e tem feito uns belos contratos ao longo da sua interessante carreira desportiva, mas a verdade é que muito raramente (para não dizer nunca) se afirma como titular indiscutível.
Em Alvalade por empréstimo também acabou por perder a titularidade e na final só entrou aos 88 minutos quando já nada havia a fazer.
João Moutinho: Apesar da tenra idade já era um grande jogador. Aos 18 aninhos foi titular numa final europeia, não é para todos, pois não?
Vai ser indiscutível na selecção nacional.
Pedro Barbosa: Um grande jogador que para além de distribuir classe ao longo das 4 linhas tinha o bonito hábito de marcar ao nosso Porto.
Nunca entendi porque razão os sócios eram tão duros com ele. Talvez o rapaz devesse beijar mais o emblema...
Carlos Martins: Nunca entendi este rapaz, tem talento para dar e vender, mas alterna o muito bom com o sofrível, sofrível e sofrível.
As lesões também não têm ajudado mas exigia-se mais a Carlos Martins.
Doula: Teve um pico de forma fantástico nos 8ºs e nos 4ºs de final, daí ter despertado a cobiça dos clubes ingleses, tal foi a facilidade com que passou pelos laterais do Midlesbrough e do Newcastle.
Depois teve uma lesão e nunca mais foi o mesmo. Talvez a cabecinha em terras de sua majestade tenha também ajudado.
Sá Pinto: O amor que a Juve Leo tinha para com o seu nº10 certamente não seria partilhado por quem percebia minimamente de futebol.
Ele e Beto eram os mestres das lágrimas, dos beijos no emblema e nos festejos com a bancada. Sinceramente não considero que o seu contributo no SCP tenha sido por aí além.
Pinilla: Um barrete daqueles que fazem rir a malta quando estamos no café a malhar finos e a comer empalhadas.
Teve uma noite de glória na pedreira bracarense e marcou o 2-1 na meia final.
Liedson: Que dizer? O melhor ponta de lança da SL já o era em 2004-05.
Marcou que se fartou na UEFA, mas na final não estive nos seus dias.
Nicolai: Parecia ser um grande avançado, tendo inclusive marcado no jogo da estreia o golo que valeu ao Sporting de Boloni a vitória por 1-0 contra o nosso Porto de Octávio Machado.
Formou nesse mesmo ano com João Vieira Pinto e Mário Jardel um tridente ofensivo demolidor. Lesionou-se num jogo contra o Vitória de Setúbal e nunca mais recuperou a 100%
Ele, Sokota e Bruno Moraes são uma espécie de Pedro Mantorras versão raça branca.
Plantel:
Ricardo: O GR com maior Curriculum na selecção nacional, era na altura um mal amado, tendo sido acusado inclusive de ter facilitado no 1º e 3º golos do CSKA.
Baixou os níveis exibicionais quando trocou o Bessa por Alvalade tendo inclusive perdido por algumas vezes a titularidade para Nelson.
A chegada de Paulo Bento foi benéfica para o nº 1 da selecção nacional, que é desde há 2 épocas indiscutivelmente o melhor guarda redes português.
Miguel Garcia: Marcou o golo em Alkmar que valeu a passagem à final e pouco mais se pode dizer.
É um daqueles jogadores cuja evolução ao longo dos anos tem sido nula.
Rogério: Médio centro de raíz, não convenceu quando chegou a Alvalade, mas a irregularidade de Mário Sérgio fez com que Peseiro encontrasse um lugar para o brasileiro no lado direito da defesa. Apesar de ser algo lento era complicadíssimo passar por ele, Simão que o diga.
Na final marcou um golão e falhou outro de forma incrivel.
Muita gente afirma que Peseiro errou ao colocá-lo no meio campo.
Beto: Um jogador de claque. A uns há que não se lhe perdoa nada, a outros perdoa-se tudo.
Muita garra, muito beijos no emblema e muitos festejos com a Juve Leo no final dos jogos.
Foi corrido do clube após esmurrar Custódio. A um capitão exigia-se mais cabecinha.
Anderson Polga: Só em 2006-07 confirmou os pergaminhos de campeão mundial em 2002.
Peseiro preteriu-o na final, o brasileiro amuou e recusou-se a alinhar na ultima partida contra o nacional.
Enakarhire: Betão. Foi o mais regular dos centrais do plantel leonino. Muito forte fisicamente, podia também alinhar à direita.
Saiu para o Dínamo de Moscovo, mas não se adaptou. Penso que somente o luso - venezuelano Dani vingou em terras de vodka, Kremlin e KGB.
Rodrigo Tello: Tal como Polga, só em 2006-07 se afirmou verdadeiramente, até lá tinha sido um grande fiasco que inclusive foi motivo de chacota no nosso blog. Mesmo assim alinhou na final, porque Rui Jorge já estava a dar as ultimas.
Rui Jorge: Enquanto as pernas ajudaram foi um dos melhores jogadores do Sporting. Instrumental na conquista dos títulos em 2000 e 2002.
Nesta altura já estava na curva descendente, bem descendente e acabou inclusive por ser preterido na final.
Hugo: Um central muito fraquinho que do Braga foi para a Samp de Génova.
Regressou a Portugal no Verão de2000 para representar o Dream Team Leonino. Nunca se afirmou.
Custódio: Discreto, eficaz e de grande utilidade.
Peseiro pode ter perdido a final ao ter preterido Custódio, entregando o seu lugar a Rogério. É certo que o brasileiro marcou o golo, mas...
Esteve na origem da ida de Beto para o Bordéus ao ter servido de saco de pancada para o central.
Actualmente perdeu o lugar para Miguel Veloso mas quem não perderia?
Rochemback: Um dos melhores do plantel. Não fossem uns quilinhos a mais em algumas fases da sua aventura leonina e Rocca poderia ter dado ainda mais ao clube.
Peseiro não abria mão dele, Paulo Bento também não abriria não fosse o internacional sub-21 brasileiro ter rumado ao Midlesbrough.
Arrisco dizer que com o Fábio na equipa o Sporting teria sido campeão nacional esta época.
Hugo Viana: Tem talento e tem feito uns belos contratos ao longo da sua interessante carreira desportiva, mas a verdade é que muito raramente (para não dizer nunca) se afirma como titular indiscutível.
Em Alvalade por empréstimo também acabou por perder a titularidade e na final só entrou aos 88 minutos quando já nada havia a fazer.
João Moutinho: Apesar da tenra idade já era um grande jogador. Aos 18 aninhos foi titular numa final europeia, não é para todos, pois não?
Vai ser indiscutível na selecção nacional.
Pedro Barbosa: Um grande jogador que para além de distribuir classe ao longo das 4 linhas tinha o bonito hábito de marcar ao nosso Porto.
Nunca entendi porque razão os sócios eram tão duros com ele. Talvez o rapaz devesse beijar mais o emblema...
Carlos Martins: Nunca entendi este rapaz, tem talento para dar e vender, mas alterna o muito bom com o sofrível, sofrível e sofrível.
As lesões também não têm ajudado mas exigia-se mais a Carlos Martins.
Doula: Teve um pico de forma fantástico nos 8ºs e nos 4ºs de final, daí ter despertado a cobiça dos clubes ingleses, tal foi a facilidade com que passou pelos laterais do Midlesbrough e do Newcastle.
Depois teve uma lesão e nunca mais foi o mesmo. Talvez a cabecinha em terras de sua majestade tenha também ajudado.
Sá Pinto: O amor que a Juve Leo tinha para com o seu nº10 certamente não seria partilhado por quem percebia minimamente de futebol.
Ele e Beto eram os mestres das lágrimas, dos beijos no emblema e nos festejos com a bancada. Sinceramente não considero que o seu contributo no SCP tenha sido por aí além.
Pinilla: Um barrete daqueles que fazem rir a malta quando estamos no café a malhar finos e a comer empalhadas.
Teve uma noite de glória na pedreira bracarense e marcou o 2-1 na meia final.
Liedson: Que dizer? O melhor ponta de lança da SL já o era em 2004-05.
Marcou que se fartou na UEFA, mas na final não estive nos seus dias.
Nicolai: Parecia ser um grande avançado, tendo inclusive marcado no jogo da estreia o golo que valeu ao Sporting de Boloni a vitória por 1-0 contra o nosso Porto de Octávio Machado.
Formou nesse mesmo ano com João Vieira Pinto e Mário Jardel um tridente ofensivo demolidor. Lesionou-se num jogo contra o Vitória de Setúbal e nunca mais recuperou a 100%
Ele, Sokota e Bruno Moraes são uma espécie de Pedro Mantorras versão raça branca.
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